Gente, vou falar a verdade. Esse filme é tosco!
Eu sempre fui admiradora da "Psicodelia Brasuca", mas o diretor desse filme, Antônio Carlos da Fontoura, exagerou. Escravidão da era moderna, capitão do mato de Helicóptero, tribo africana em terra de caboclo, por aí segue o número de coisas estranhas que o filme traz.
Mas AINDA ASSIM, é um filme que vale a pena ser assistido, pois além de contar com dois grandes mestres capoeiristas, Mestre Camisa (fazendo papel de Ogum) e Mestre Nestor Capoeira (no papel de Jorge) traz também como tema o imaginário cultural que cerca a umbanda, os caboclos da mata e o culto aos Orixás.
Jorge é um mestre capoeira e escravo que após uma fuga se joga do alto de uma cachoeira com a proteção do caboclo cachoeira. Após a queda (provavelmente durante um desmaio, interpretei assim) Jorge é levado à Aruanda e encontra com Ogum, com quem joga capoeira e por quem é batizado. Recebe dele um cordão de outro como proteção e retorna para combater um vilão: Pedro Cem (interpretado por Jofre Soares).
O filme é uma pérola (risos)! Traz vários pontos de umbanda, conta com a participação do conjunto "Os Ogãs" que fizeram alguns discos nos anos 60.
É um filme interessante por retratar essa parte do "imaginário cultural" que cerca a religião, e pelas músicas. Não esperem nenhuma super produção, para quem gosta de filmes "B" é um prato cheio!
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